[Esse texto contém spoilers!]

No primeiro episódio de Sinal de Vida, os biólogos Gabi Longo e Lucas Andrade começam a sua jornada de um mês como voluntários em uma ilha que ninguém mora, o Parque Estadual da Ilha Anchieta. Eles vão fazer parte de um projeto de voluntariado chamado Mergulhando na Conservação, junto com outras quatro voluntárias: a Arielly, a Iara, a Yoshi e a Amanda. Chegando na Ilha, eles conhecem o alojamento, e descobrem que vão dormir todos juntos, o que pro Lucas é um alívio, porque ele estava com medo de ficar sozinho, de noite, numa ilha deserta. Aos poucos, eles vão conhecendo a equipe, e aprendendo a rotina de trabalho: todos os dias, os voluntários se dividem em 3 duplas, cada uma responsável por coletar dados em uma praia diferente. As coletas de dados eram de duas formas diferentes: o DOV (do inglês Diver Operated Video), em que, com uma câmera subaquática, eles gravavam tudo o que viam ao longo dos dois costões rochosos de cada praia, e o BRUV (do inglês Baited Remote Underwater Video), em que eles prendiam uma câmera no fundo do mar, colocavam uma isca, e a câmera filmava quem aparecesse por lá. Tudo isso, para encontrar a peça chave do projeto, um animal que é muito importante para o ecossistema, mas que pode estar desaparecendo… a raia-chita. A raia-chita é uma espécie de raia bem conhecida, mas que tem sido cada vez mais difícil de ser encontrada. Ela é escura, com pintinhas brancas, e pode chegar a mais de 2m de comprimento entre as nadadeiras. E por conta da pesca industrial, que acaba capturando acidentalmente esse e muitos outros animais (como golfinhos, tubarões, tartarugas e até outras espécies de raia), ela está ameaçada de extinção. No Brasil, nós não temos muitos dados sobre ela, e é por isso que o Mergulhando na Conservação é um projeto tão importante! Os voluntários mergulhavam todos os dias, em busca de dados que possam ajudar na conservação desse animal, e de toda a vida marinha.