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  • Episódio 2: O velho da estátua

EPISÓDIO 2 . 08/06/2024

O VELHO DA ESTÁTUA

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[Esse texto contém spoilers!]

 

Em meio a rotina de mergulhos, os voluntários começam a encontrar com algumas maravilhas da Ilha Anchieta: uma vida marinha diversa, e alguns animais terrestres também, como quatis, macacos-prego, e as nossas queridas capivaras. Além dos voluntários do projeto Mergulhando na Conservação, a Ilha agora tem mais dez voluntários de outro projeto, da própria Fundação Florestal. Eles estão na Ilha monitorando as espécies de borboletas que acontecem por lá. As borboletas são indicadores ambientais, então de acordo com as espécies que eles encontrarem, dá pra saber o estado de conservação daquele ecossistema! Para saber mais sobre esse projeto, é só acessar o instagram do parque: @parqueestadualilhaanchieta. Mas mesmo com tanta vida ao redor deles, a equipe não estava conseguindo encontrar a raia-chita. Tinha alguma coisa faltando, mas eles ainda não sabiam o que. 

Até que se deparam com um mistério: uma estátua de um senhor cabeçudo, segurando um bebê indígena. E ela trouxe muito incômodo pra Gabi e pro Lucas. Por isso, eles foram atrás dessa história, e encontraram respostas nada surpreendentes: a estátua é do padre Anchieta, uma figura que supostamente mediou a “paz” entre os indígenas e os invasores portugueses. Mas a verdade é que não houve paz nenhuma. O padre Anchieta foi um dos responsáveis pela colonização violenta do Brasil, pelo genocídio que aconteceu por aqui. Antes da invasão do Brasil, a Ilha Anchieta e todo o litoral eram ocupados por indígenas tupinambá, e outras etnias como guaranis. O Lucas e a Gabi conversaram com três pessoas que contaram sobre essa ocupação tupinambá, e sobre a resistência dos indígenas, que apesar de expulsos da Ilha e até de Ubatuba, se fortaleceram para voltar e retomar suas terras. 

Era o que estava faltando: como ninguém mora lá, encontrar a raia-chita era difícil mesmo, porque falta conhecimento local! 

E esse não é um problema fácil de resolver. Mas eles tinham que tentar, como fosse, encontrar pedacinhos espalhados desse conhecimento. E por isso, os voluntários conversavam com os visitantes e funcionários do parque, principalmente os que moravam em Ubatuba, em busca de dados e informações importantes para encontrarmos os sinais de vida da raia-chita!

Terras Indígenas em Ubatuba. Créditos: Instituto Socioambiental
Aldeia Renascer em Ubatuba
Ubatuba é terra indígena. Foto: Wendell Marques/Divulgação
Aldeia Renascer em Ubatuba. Fonte: https://www.curiosidadesdeubatuba.com.br/aldeia-renascer/
Ilustração do Cacique Cunhambebe. Cunhambebe ilustrado por André Thevet, um cosmógrafo francês que acompanhou a expedição de Nicolas Durand de Villegaignon.
Ilustração da guerra dos tamoios. Ilustração: Theodor De Bry
Busto do Cacique Guaixará. Fonte: https://katiapinno.blogspot.com/2010/08/inauguracao-do-busto-do-cacique-tamoio.html
Estátua de José de Anchieta, no Parque Estadual da Ilha Anchieta. Acervo Sinal de Vida.
Canoas caiçaras. Fonte: https://www.curiosidadesdeubatuba.com.br/corrida-de-canoas-caicara
Tenda do Mergulhando na Conservação, em que os voluntários recebem os visitantes do parque, e os convidam a participar da coleta de dados sobre a raia-chita. Créditos: @gabilongophotos
Tenda do Mergulhando na Conservação, em que os voluntários recebem os visitantes do parque, e os convidam a participar da coleta de dados sobre a raia-chita. Créditos: @gabilongophotos
Tenda do Mergulhando na Conservação, em que os voluntários recebem os visitantes do parque, e os convidam a participar da coleta de dados sobre a raia-chita. Créditos: @gabilongophotos
Tenda do Mergulhando na Conservação, em que os voluntários recebem os visitantes do parque, e os convidam a participar da coleta de dados sobre a raia-chita. Créditos: @gabilongophotos

VOCÊ OUVIU

Gabriela Longo

Bióloga, educadora popular e comunicadora da ciência, a Gabi adora uma aventura, e está em constante movimento. Ela já atuou em diversos projetos de conservação, de tartarugas marinhas, baleias jubarte e até lobos-guará; e de educação popular e social, e hoje é mestranda no Programa Interunidades em Ensino de Ciências, na USP. 

A Gabi é uma das produtoras e narradoras do podcast Sinal de Vida, um projeto que ela tem certeza que mudou a sua. 

Lucas Andrade

O Lucas é biólogo, desenhista e especialista em comunicação pública da ciência (UFMG). Ele nasceu e cresceu no Jardim Iporanga, periferia da zona sul de São Paulo, e sempre buscou conectar seus dois mundos por meio da arte, de narrativas… e da resenha! Ele é um dos produtores do podcast Alô, Ciência?, faz parte do OCorre Coletivo, e já publicou diversos quadrinhos, e um deles, o “Inimigo Invisível”, ganhou o prêmio HQ Mix! O Lucas é um dos produtores e narradores do podcast Sinal de Vida, e ainda assina as artes de cada um dos episódios! 

Cacique Cristiano Kiririndju

@cristiano_kiririndju

 

O cacique Cristiano Kiririndju é tupi-guarani, natural de Ubatuba da Aldeia Renascer. Formado em Pedagogia pela Faculdade de Educação (FE) da USP em 2008, Kiririndju atuou na Escola Estadual Aldeia Renascer como professor, e também é coordenador pedagógico da Secretaria de Estado da Educação e o novo coordenador da recém-criada Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas (CPPI).

Casé Angatu

@caseangatu

https://caseangatu.blogspot.com/

 

 

Casé Angatu é indígena e morador da Aldeia Gwarini Taba Atã – Território Tupinambá de Olivença. Historiador e Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo- FAU/USP. Docente na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC/Ilhéus-BA) e na Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia (PPGER/UFSB).Atualmente participa da Cátedra Indígena-LEER e do projeto índios no Brasil.

Felipe Milanez

@felipedjeguaka e @felipemilanez 

 

Felipe Milanez é  jornalista, ambientalista, fotógrafo, cineasta documentarista e doutor em sociologia. Atualmente, é professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC), da Universidade Federal da Bahia. Coordenou o Grupo de Trabalho Ecologías Políticas desde el Sur/Abya Yala, do Consejo latinoamericano de Ciencias Sociales- CLACSO (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais), integra o CULT-UFBA (Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura), o PINEB (Programa de Pesquisas sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro) e o GT Saúde e Ambiente (Abrasco). Trabalha com ecologia política, humanidades ambientais, conflitos ecológicos, genocídio, ecocídio, pensamento decolonial e os comuns.

Lucas Citele

Mestre em Ciências (Oceanografia) pela Universidade de São Paulo – USP. Possui graduação em Oceanografia pelo Centro Universitário Monte Serrat (2016). Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Oceanografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Licenciamento Ambiental, Unidades de Conservação, Ecoturismo e Meio Ambiente.

Agradecimentos especiais:

Cacique Ubiratã Gomes

@ubiratagomescacique

 

Ubiratã Awá Baretédjú, na língua tupi, é cacique da aldeia Bananal, em Peruíbe. Terminou os estudos, em 2000, e qualificou-se para assumir a escola da aldeia. Em 2005, ingressou no curso de licenciatura em Pedagogia na USP, e desde então atua como docente. Ingressou no mestrado em Educação da UNISANTOS e, em breve, fará a defesa da sua pesquisa.

Leandro Cruz

@leandrocruzhistoriador

https://www.youtube.com/@leandrojacruz

 

Leandro Cruz é professor de história, historiador, jornalista, poeta e dramaturgo. Atualmente, possui um canal com videoaulas de História, comentários sobre política nacional e internacional, e podcast com bate-papo com as pessoas mais interessantes do Litoral e de todo o Brasil transmitidos direto dos Estúdios InforMar Ubatuba.

Santiago Bernardes

@santibernardesescritor

https://santibernardes.blogspot.com/ 

 

Santiago Bernardes é morador de Ubatuba, caiçara, biólogo e escritor. “Literatura do mar, da terra, do dia a dia, do lançar redes no mar de palavras e repartir o peixe-sonho como quem semeia histórias. E escreviver.”

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